18 de setembro de 2011

Suspiro

  Por Alex Giostri.

Entrego-me ao belo tal qual a vida ao ar.
Confio a ti a falta que não sustive
e a silhueta que não recuperei.

Cedo-me ao belo e abdico do meu eu.
No espelho nunca me vi,
e estou lá, aí, em busca de ti.

Ao belo curvo-me de corpo úmido e alma limpa.
Na alma,
o silêncio do homem que não soube emudecer.
No corpo,
o aroma da dor e o árduo deleite da falta de amor.
Lá Sinto um intenso frio,
não no corpo,
na alma,
na base da alma,
lá, lá, lá na curva do segredo,
sob a calada dos raios,
no recôndito do ego.

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